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Sep 8, 2021

Tecnologia e Economia Circular

Tecnologia e Economia Circular

Renato Munhoz, IT Service Manager na Bee Engineering, assinou o artigo de opinião na Green Savers que podes ler de em seguida.

Tecnologia no apoio à Economia Circular ou Economia Circular no apoio à Tecnologia.

Mais do queuma moda.

Há algumtempo conhecida apenas como Sustentabilidade, a necessidade de repensarmos anossa relação com o presente e futuro levou-nos a refletir cada vez mais emcomo medir e alcançar os resultados esperados, criando linhas de pensamento emodelos. Assim chegou-se ao atual modelo ótimo, a circularidade da economia.

Masafinal o que é a economia circular? E o que isso tem a ver com a Tecnologia?

A maisrecente definição para a economia circular está a ser desenvolvida no âmbito daOrganização Internacional de Normalização (ISO). Segundo a entidade, “é umsistema económico que utiliza uma abordagem sistémica para manter o fluxocircular dos recursos, por meio da adição, retenção e regeneração do seu valor,contribuindo para o desenvolvimento sustentável.”

Em relação àtecnologia, é mais fácil descobrirmos oportunidades nas aquisições de hardwaree equipamentos em busca da circularidade perfeita, que é a completaracionalização, com critérios como: estender o tempo de uso, combater aobsolescência programada, reaproveitar e dar um destino correto aosequipamentos, com base em análises, especificação e estudos de ROI (Retorno de Investimento)e TCO (Custo Total de Propriedade) e outros requisitos.

Porém, oassunto é tão amplo que abrange desde a especificação de Data Centers,aquisições de serviços, softwares comerciais até os códigos das nossasaplicações.

Pensarfora da Caixa

Não só produtosde hardware e serviços podem ser especificados e medidos! Os exemplos sãomuitos, saiba que até softwares comerciais podem e devem ser comprados com baseem premissas circulares, avaliando-se aspectos como virtualização,possibilidade de uso de hardware menos robusto, menor uso de recursoscomputacionais (memória, disco duro, processamento, I/O etc.), otimização deimpressões com melhorias em visualização de ficheiros, partilha de licenças,integração e muito mais.

AlgoritmosCirculares

De formamais abrangente, acredito que a maior contribuição da tecnologia para semelhorar a qualidade das nossas vidas é através dos dedos ágeis dosprogramadores e dos seus algoritmos, descomplicando, reduzindo uso de recursose encurtando distâncias.

Atecnologia já ajuda a economia circular, aplicando e retornando circularmenteos mesmos conceitos, principalmente através do setor de serviços e desenvolvimentode software e jogos. Vai desde repensar a nossa relação com o ambiente detrabalho, como consumimos, como descartamos e, acima de tudo, em como podemostransformar ideias e conceitos em soluções práticas que possam minimizar os nossosimpactos através da lógica e sistemas.

A aplicaçãoda inteligência aos códigos será a chave para se reduzir os desperdícios, sejaatravés de formas de detectar rotas mais eficientes para a entrega demercadorias, conectar produtores e consumidores, seja pela otimização deprocessos, redução de recursos, automatismos, virtualização e substituição depapel.

Para tudoisto pode ser contabilizada a redução de uso de recursos naturais, tais comocelulose, carvão natural e mineral, água, combustíveis fósseis etc. Econvertido em equivalências em carbono, árvores e outros, como forma de medirmosos ganhos e tentar compensá-los.

Pensar,planear, agir. Circularmente!

No nossodia-a-dia temos missões, compromissos, resposta à procura dos clientes, as nossaspróprias necessidades e ainda queremos garantir confortos conquistados. Como cumprirtudo isto e ainda pensar no rasto que estamos a deixar? A resposta está emsaber onde estamos e onde queremos chegar, para definir o caminho.

Pode nãoser tão fácil e intuitivo no princípio, pois depende de mudanças de mentalidadeem relação ao modelo linear no qual fomos criados, do consumismo, sempreocupação de onde isto vem, aquilo que geramos e onde isto vai parar. Mastornará-se-á mais do que algo obrigatório. Será um hábito.

Pensar: O que podemos simplesmente recusar?Se for realmente necessário, como comprar o menos impactante, como otimizar eaumentar a sua vida útil? Se não necessita mais do item, qual o destino que lheserá dado? Reutilização, Reciclagem, Novos Usos?

 Planear: Tomadas as decisõesanteriores, como fazer isto acontecer? Criar modelos, especificaçõesabrangentes, redução de recursos necessários, criar processos e procedimentospensados no meio ambiente, na segurança, na sociedade e na igualdade.

Agir: Colocar em prática, criando pontosde situação em cada etapa, de modo que se possa concretizar o planeado e emtempo de execução, e ainda ciclicamente obter novos ganhos.

O que jápodemos (eu e você) fazer hoje?Está nas nossas mãos e ao clique dos nossosratos a possibilidade de fazermos mais e melhor por menos. De dar uma contribuiçãolegítima não só a nós mas também à sociedade.

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